A falta de chuvas na RMC gerou déficit de 618 milímetros, de junho de 2019 a agosto de 2020, em relação à média histórica. Esse saldo negativo é o maior dos últimos 22 anos. Escassez reforça a necessidade do rodízio no abastecimento e do uso racional da água.
A falta de chuvas na Região Metropolitana de Curitiba gerou um déficit de 618 milímetros, no período de junho de 2019 a agosto de 2020, em relação à média histórica. Esse saldo negativo é o maior dos últimos 22 anos, quando teve início a medição dos índices pluviométricos pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
Essa escassez tem impacto direto no volume das barragens do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC), que está em 34,59%, na sexta-feira (4), o que reforça a necessidade do rodízio no abastecimento e do uso racional da água.
Nos próximos meses, a previsão meteorológica sinaliza um cenário pouco animador para reduzir o déficit de chuva, segundo o Simepar. “Pelo que observamos, esta primavera deverá ser ligeiramente mais seca do que a média”, afirma o meteorologista da instituição Reinaldo Knaip. No período de setembro a dezembro, a média de chuvas em Curitiba é de 515,7 milímetros.
Portanto, mesmo que chova esse volume no próximo período, contrariando as previsões, ainda assim será necessário repor o déficit dos 618 mm para normalização do abastecimento da Região Metropolitana de Curitiba e interromper o rodízio, que vigora desde março.
“O consumo mensal de água na RMC equivale a chuvas de 100 milímetros. Mas não podemos esquecer nosso déficit. Por isso, é fundamental manter a meta de redução de 20% no consumo de água. É como pagar as contas. Mesmo que chova 100 mm, e dê para o gasto mensal, ainda continuamos no cheque especial”, compara o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky.
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