O vexame deste final de ano, a menos de 15 dias da posse do novo Presidente da República, ficou por conta justamente de quem, supostamente, controla os recursos da União, ou seja, o Tribunal de Contas da União (TCU). Numa afronta à sociedade, dois de seus ministros, um deles o próprio presidente, Raimundo Carreiro, que também está deixando o cargo, acabou apunhalando pelas costas seus parceiros de casa para defender quem o colocou no cargo.
O Brasil ficou perplexo com a medidas dos dois ministros que, impedidos de votar processo que livraria do pagamento de R$ 13 milhões, assaltados do caixa público, acabaram voltando atrás para salvar amigos. In dignação dos demais ministros do TCU que jamais passaram por uma situação tão constrangedora como essa diante de dois caras-de-paus que deveriam ter vergonha pelo ato que promoveram, com direito a transmissão ao vivo pelos principais canais de TVs do país.
A procuradora-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Cristina Machado, disse que vai recorrer da decisão da Corte que absolveu o deputado distrital Agaciel Maia (PR), ex-diretor geral do Senado, e o ex-senador Efraim Morais (DEM-PB), em processo que investigou contratos de informática do Senado de 2005 a 2009.
O TCU livrou Agaciel Maia e o ex-senador do ressarcimento de mais R$ 13 milhões, além do pagamento de multas. O processo estava engavetado há 5 anos. Na semana passada, quando o julgamento foi retomado, o placar estava em 4 a 3 pela condenação dos dois ex-dirigentes do Senado quando dois ministros que haviam se declarado impedidos para julgar o caso, resolveram votar.
Aroldo Cedraz e Raimundo Carreiro haviam se declarado impedidos por terem relações pessoais e por terem trabalhado com os acusados no Senado.
PrPortal
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