Treinador ganhou o apoio de dirigentes e do elenco pra seguir no cargo, mas sabe da importância de vencer o Boa, na semana que vem
Elenco está ao lado do treinador, mas um novo tropeço do Coxa no Couto Pereira pode custar caro.
Depois da dúvida deixada pelo novo diretor de futebol do Coritiba, Paulo Pelaipe, no início da semana, quanto à continuidade de Tcheco como técnico, o ídolo ganhou uma sobrevida depois da vitória por 1×0 sobre o Brasil, em Pelotas, na última segunda-feira (27). Apesar do aviso de que haverá “constantes avaliações do trabalho”, Tcheco vai poder preparar o time para uma sequência de jogos importante do clube na Série B do Campeonato Brasileiro, a partir do duelo contra o Boa Esporte, na terça-feira (4), no Couto Pereira.
Isto porque, depois de enfrentar o lanterna da segunda divisão, o Coxa faz dois confrontos diretos, contra Vila Nova, em Goiânia, e Londrina, no Alto da Glória, antes de encarar o CRB, fora de casa, que é outro time que está lutando contra o rebaixamento. Serão quatro decisões antes do duelo diante do Avaí, no Alto da Glória, que pode ser, de fato, o divisor de águas nas pretensões do Verdão na disputa da Segundona.
O treinador terá pela primeira vez uma semana toda para trabalhar visando o jogo contra o Boa Esporte. Depois que estreou diante do Atlético-GO, em Goiânia, o time coxa-branca fez quatro partidas em apenas nove dias. No entanto, o trabalho do treinador foi pautado apenas em conversas, alguns testes durante os jogos e poucos trabalhos em campo.
Até mesmo por isso, o comandante alviverde deve ter seu trabalho realmente avaliado no duelo diante do Boa Esporte de acordo com o que a equipe apresentar em campo. Com o respaldo dado oficialmente por Pelaipe na quarta-feira (29), tudo fica mais tranquilo, mas vencer o lanterna da Segundona e convencer continua sendo obrigação para Tcheco, e qualquer tropeço prejudicaria e muito os planos de continuidade no Coxa.
O treinador ainda tem a seu favor a empatia dos jogadores, que querem a sua permanência. Em uma dessas conversas, antes do confronto com o Brasil, ele ‘ganhou’ o grupo e houve uma mudança de postura satisfatória e que foi determinante para a conquista do resultado positivo no interior do Rio Grande do Sul. “O Tcheco já conhece o grupo. Temos essa semana um pouco mais trabalhar e na sequência será viagem e jogos seguidos”, afirmou Paulo Pelaipe.
Pra valer
O técnico, então, depois de apenas quatro jogos, já tem uma pressão pela frente, algo que ainda não tinha experimentado nas outras duas vezes que assumiu o time coxa-branca. Nas outras oportunidades, o profissional pertencia à comissão permanente do clube e comandou o Coritiba de forma interina. Desta vez, o presidente Samir Namur garantiu que Tcheco havia sido efetivado, mas com a brecha de poder voltar a ser auxiliar-técnico caso os resultados não fossem satisfatórios.
Por isso, o treinador precisa aumentar seu aproveitamento à frente do Coxa. Nesses quatro jogos e no duelo da segunda rodada, quando esteve no cargo na vitóira por 1×0 diante do Atlético-GO, antes da chegada de Eduardo Baptista, foram sete pontos de 15 disputados, totalizando rendimento de apenas de 46%.
Este é, inclusive, o aproveitamento atual do Coritiba na Série B. Com esses números, o Alviverde ocupa atualmente a décima colocação e está a quatro pontos do G4. Para recolocar o Verdão de novo na primeira divisão, Tcheco terá que elevar seu rendimento para pelo menos 70% nos 14 jogos restantes. Isto porque o clube, atualmente com 33 pontos, precisa fazer mais 30 até o final da Segundona para conseguir figurar na elite de 2019.ge
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