Promotoria pede o afastamento dos cargos, demissões e também quer recuperar dinheiro do suposto esquema de corrupção.
A 26ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Londrina ajuizou nesta quarta-feira (11) a primeira ação de improbidade administrativa relativa à Operação ZR3, que foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) . A ação na esfera civil pede afastamento cautelar dos vereadores Mario Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB). Os parlamentares já estavam afastados dos cargo, por 180 dias, desde o início de fevereiro, por decisão da 2ª Vara de Criminal de Londrina e deveriam retornar no dia 24 de agosto à Câmara Municipal.
"Usaram (Alves e Takahashi) e têm usado o exercício de suas atividades legislativas como importante "veículo" para concretização de seus interesses pessoais e financeiros. De igual sorte, as pessoas que gravitam em seu entorno beneficiam-se dos atos ilícitos engendrados pelo grupo, causando enriquecimento ilícito, em decorrência destas ações ímprobas e delituosas", anotou o promotor de Justiça Ricardo Benvenhu.
O MP (Ministério Público) pediu ainda a indisponibilidade de bens dos 13 envolvidos que também já são réus em ação criminal, além de seis empresas de consultoria imobiliária na ordem de R$ 2.154.370,40 .
A ação acusa 13 pessoas, além dos dois parlamentares, o servidor público Ossamu Kaminagakura (ex-diretor de Loteamentos da Secretaria de Obras) e Luiz Guilherme Alho (membro do Conselho Municipal da Cidade), que seria o suposto lobista do esquema que teria exigido vantagens de empresários para facilitar o trâmite de projetos de lei de mudança de zoneamento urbano tanto na Câmara Municipal de Londrina e quanto na Prefeitura.
A ação do MP (Ministério Público) individualizou o papel de cada agente no suposto esquema que seria estruturado para obter as vantagens indevidas. "É induvidoso que os fatos noticiados nesta ação contribuem, a um só tempo, para o descrédito dos agentes públicos que desempenham função tanto na Prefeitura quanto na Câmara Municipal de Londrina, e da correspondente desmoralização destes órgãos perante a população." afirmou Benvenhu.
RESTITUIÇÃO AOS COFRES PÚBLICOS
A ação ainda pede a devolução dos valores supostamente exigidos a título de propina. O MP pede na ação pede a devolução de R$ 1,4 milhão a Takahashi. Para Alves, o valor definido pela promotoria é de R$ 1,35 milhão. A Kaminagakura foi definido R$ 654 mil e para os empresários Brasil Filho, Theodoro Mello de Souza, e Alho foi descrita na ação a quantia de R$ 1,49 milhão.
O QUE DIZEM OS CITADOS
A defesa de Luiz Guilherme Alho alega que não foi notificada e afirma que os promotores "querem apenas justificar os excessos cometidos na ação penal". "O Luiz Guilherme (Alho) reitera sua inocência como será provada no final do processo". FL
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