Nikão e Veiga foram os piores do Atlético no Mineirão
Raphael Veiga
O Atlético Paranaense está fora da Copa do Brasil de 2018. A eliminação ocorreu na segunda-feira (dia 16) à noite, em Belo Horizonte, com o empate em 1 a 1 com o Cruzeiro, na partida de volta das oitavas de final. No jogo de ida, em 16 de maio, em Curitiba, o time paranaense perdeu por 2 a 1. O gol como visitante não é critério de desempate na competição.
Esse foi o primeiro jogo de Tiago Nunes como técnico da equipe principal do Atlético. Ele assumiu a equipe em junho, após a demissão de Fernando Diniz, durante a pausa para a Copa do Mundo.
Com a bola, o Atlético apresentou estilo de jogo semelhante ao de Fernando Diniz, com valorização da posse de bola e aposta nos passes curtos. Não funcionou. O time quase não incomodou a defesa adversária e teve uma atuação apática. Sem a bola, demonstrou evolução, permitindo poucos contra-ataques e com mais segurança na marcação pelos lados do campo. Só ficou exposto nos minutos finais, quando partiu desesperado para o ataque.
O time paranaense acumulou R$ 7,8 milhões em cotas na Copa do Brasil 2018: R$ 1 milhão pela primeira fase, R$ 1,2 milhão pela segunda, R$ 1,4 milhão pela terceira, R$ 1,8 milhão pela quarta e R$ 2,4 milhões pelas oitavas. Se chegasse às quartas, receberia mais R$ 3 milhões.
O Atlético ainda não contou com Bruno Nazário, Marcelo Cirino e Crysan, que não estavam regularizados. Titulares com Diniz, Guilherme e Carleto começaram no banco. Tiago Nunes montou o time no seguinte esquema tático: 4-4-1-1 sem a bola e 3-4-3- com a bola. Com a posse, o volante Bruno Guimarães recuava e ficava entre os zagueiros. Os dois laterais avançavam ao mesmo tempo e formavam a linha de quatro do meio-campo. No ataque, Pablo ficou centralizado, com Nikão e Veiga nas pontas. Com Fernando Diniz, o Atlético se defendia no 5-4-1 e atacava no 3-4-3. No Cruzeiro, as baixas eram Hernán Barcos, Mancuello, Fred e Sassá. Mano Menezes formou a equipe no 4-2-3-1.
Na primeira etapa, o Atlético ficou mais tempo com a bola, porém pouco atacou. Criou apenas uma boa jogada ofensiva. O Cruzeiro não tinha preocupação ofensiva e só levou perigo em três momentos: duas bolas cruzadas (um escanteio e uma falta) e um chute de longa distância.
Na volta do intervalo, o Cruzeiro conseguiu amarrar ainda mais o jogo. O Atlético continuou com mais posse de bola, mas sem criatividade no setor ofensivo. Aos 18, a primeira troca: saiu Raphael Veiga e entrou Guilherme. O esquema seguiu o mesmo. O time mineiro criou as melhores chances, como aos 20, quando Raniel saiu na cara do gol e preferiu tentar cavar o pênalti do que finalizar. Aos 29, o Atlético ficou mais ofensivo, com a saída do volante Lucho González para a entrada do ponta Marcinho. Aos 36, saiu o lateral Jonathan e entrou o atacante Bergson. O Atlético ficou exposto e levou o gol aos 40, em contra-ataque finalizado por Arrascaeta. O empate veio aos 46, com Bergson.
Ao final dos 90 minutos, o Atlético-PR somou 54% de posse de bola, 3 finalizações (2 certas), 94% de precisão nos passes e 6 escanteios. O Cruzeiro teve 46% de posse de bola, 9 arremates (5 certos), 93% nos passes e 9 escanteios. Os dados são do Footstats.
Abaixo uma análise do desempenho individual dos jogadores do Atlético.
Santos (7,0)
Uma grande defesa e outras duas com menor grau de dificuldade.
Jonathan (5,5)
Pouco útil no apoio ao ataque. Razoável na marcação.
Bergson (7,0)
Entrou aos 36-2º. Fez um golaço no único lance que participou.
Paulo André (5,5)
Fazia uma excelente partida até ser batido no lance do gol.
Thiago Heleno (6,0)
Teve 13 boas ações defensivas. Seguro também na saída de bola.
Renan Lodi (5,5)
Errou os 5 cruzamentos e os 4 lançamentos que tentou. Bem nos demais lances.
Bruno Guimarães (6,0)
Tentou 71 passes e errou 3. Uma falha defensiva. Bem nos demais lances.
Lucho González (6,0)
Deu o melhor passe do 1º tempo (para Pablo finalizar). Fora isso, irregular.
Marcinho (sem nota)
Entrou aos 29-2º. Ficou pouco tempo em campo e pouco participou.
Rossetto (6,0)
Tentou levar o time ao ataque. Participativo com e sem a bola.
Nikão (5,0)
Facilmente anulado pelo adversário. Não criou jogadas ofensivas.
Raphael Veiga (5,0)
Igual a Nikão: não criou e aceitou a marcação adversária.
Guilherme (6,5)
Entrou aos 18-2º. Belo lançamento para o gol. Criativo.
Pablo (5,5)
Um chute a gol. Ajudou no gol. Fora isso, anulado pelo Cruzeiro.
BP
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