Chineses taxam importações americanas nos mesmo 25% impostos por Trump
China: ministério apontou que as medidas americanas "violaram as regras relevantes da OMC"
Poucas horas após os Estados Unidos anunciarem a imposição de tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em bens importados da China, o país asiático fez sua represália: também irá impor tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em produtos importados dos Estados Unidos.
Como justificativa, o Ministério apontou que as medidas americanas “violaram as regras relevantes da Organização Mundial do Comércio (OMC) e são contrárias ao consenso alcançado nas negociações sino-americanas, que violam seriamente nossos direitos e interesses legítimos e ameaçam os interesses de nosso povo e de nosso país”.
O ministério também informou que, a partir de 6 de julho de 2018, serão impostas tarifas de aproximadamente US$ 34 bilhões em mercadorias americanas e o tempo de implementação das barreiras adicionais sobre outras commodities será anunciado separadamente. De acordo com a China, produtos agrícolas e automóveis americanos estão entre os itens que sofrerão tarifas já no início do próximo mês.
Trump, que diz que a decisão de Washington é uma reposta ao que a Casa Branca caracteriza como “roubo” de propriedade intelectual e tecnologia pela China, chegou afirmar que caso os chineses fizessem represália, os EUA iriam impor mais taxas. As medidas abrem uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
As barreiras americanas atingem principalmente produtos que contêm tecnologia, mas exclui celulares e TVs. O principal alvo de Trump é a política “Made in China 2025”, pela qual o país asiático pretende dominar indústrias emergentes de alta tecnologia que dominarão a economia no futuro.
A retaliação chinesa deve atingir principalmente aviões fabricados pela Boeing, carros e soja, o que pode beneficiar o Brasil. DP
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