Na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, pressionados por resultados e com técnicos questionados, Paraná Clube e Atlético se enfrentam na Vila Capanema
Para os visitantes, Pablo é a esperança de gol. Para os mandantes, Cléber Reis é a segurança na defesa.
Times em crise, técnicos pressionados e a chance de respirar um pouco mais aliviado no Campeonato Brasileiro. O “clássico dos desesperados” entre Paraná Clube e Atlético, neste domingo (27), às 11h, na Vila Capanema, pode marcar um novo rumo para tricolores ou rubro-negros na sequência da competição nacional. Pode, de um lado, tirar o time paranista da lanterna do torneio e, de outro, acabar com o jejum de vitórias do Furacão e afastar o clube um pouco da zona de rebaixamento.
Cada time, ao seu modo, vai tentar explorar o momento ruim do adversário para tentar sair vitorioso do clássico na Vila Capanema. Do lado do Paraná, o técnico Rogério Micale estudou bem o Atlético e ressaltou a importância de conseguir os três pontos e a primeira vitória no Campeonato Brasileiro.
“Da mesma forma como vamos usar esse fator, eles vão usar o nosso. Nós temos que buscar o que interessa, que é ganhar o jogo, e eles também vão buscar isso. Vamos tentar nos cercar de todas as estratégias para tirar proveito do adversário. O importante para as duas equipes nesse momento é sair da situação de incômodo”, apontou o treinador.
O Paraná ainda não venceu no Campeonato Brasileiro e, por isso Micale, caso não consiga um bom resultado diante do Atlético, pode ficar mais pressionado no cargo. O treinador, no então, não teve essa pressão e reforçou a confiança no trabalho que está sendo realizado a frente do time paranista.
“Estou tranquilo fazendo o meu trabalho. As pessoas que fazem parte da direção acompanham no dia a dia a minha forma de trabalhar, aquilo que quero como conceito de jogo para os atletas. Estou muito tranquilo, porque eu quis estar aqui e quero ficar aqui. Até agora não veio a vitória, mas os números mostram um bom desempenho. Essa coisa de trocar quando não vai bem, eu respeito, mas não concordo”, emendou o treinador.
Para encarar o Atlético, o treinador fez mistérios, mas não deve mudar muito a base do time que empatou sem gols diante do Grêmio, no último final de semana. A possível alteração pode ser no meio de campo, com a entrada de Carlos Eduardo na vaga de Leandro Vilela, deixando o time paranista mais ofensivo para buscar a vitória diante do Atlético.
Já do lado rubro-negro do clássico, o técnico Fernando Diniz teve a semana cheia para trabalhar. Conseguiu descansar um pouco mais o elenco e preparar melhor o Atlético para tentar acabar com o jejum de vitórias que já dura oito partidas na temporada. Mais do que isso, a fase ruim do Furacão fez o clube despencar para a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
Diniz, no entanto, elogiou a semana de trabalhos e confia em um bom jogo diante do Paraná. “Foi uma semana boa e proveitosa. A gente conseguiu descansar no começo da semana e depois treinar bastante. Fizemos ajustes e buscamos a melhor formação para enfrentar o Paraná”, afirmou o treinador em entrevista ao site oficial do Atlético.
O comandante atleticano, apesar da fase ruim, segue prestigiado pela diretoria. O presidente Mário Celso Petraglia, nesta semana, declarou que Diniz, apesar das atuações ruins e da falta de resultados positivos, só sai do Atlético se ele quiser. O treinador, no entanto, sabe que precisa dar uma resposta rápida, já que a pressão externa vai ser grande em caso de um novo tropeço diante do lanterna do Brasileirão.
Em campo, o treinador tem problemas. Ainda depende de um teste antes da partida para saber se poderá contar com o zagueiro Thiago Heleno, poupado dos últimos treinamentos. Os zagueiros Paulo André e Pavez seguem fora. O meia-atacante Nikão, depois de passar por uma cirurgia na mão, ainda é dúvida para o clássico contra o Paraná.
Pra lembrar
O clássico marca também a realização de clássicos com torcida única neste Brasileirão. Para este jogo, apenas paranistas poderão entrar na Vila Capanema, e no returno só os atleticanos terão espaço na Arena da Baixada. Para evitar processos, o Ministério Público, que banca esse plano, novamente admitiu que está permitida a entrada de torcedores adversários em qualquer setor do estádio – mas, claro, é altamente desaconselhado fazer isso. “Será respeitado o direito de qualquer torcedor, independentemente do time para o qual torça, de adquirir seu ingresso e ocupar o local a ele correspondente, conforme determina o Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/2003). Entretanto, não será permitido o uso de identificação visual de outro time ou torcida que não seja do Paraná Clube”, afirmou a nota do MP.
Paraná Clube x Atlético
Paraná Clube
Thiago Rodrigues; Júnior, Neris, Cleber Reis e Mansur; Leandro Vilela (Carlos Eduardo), Torito, Jhonny Lucas e Caio Henrique; Silvinho e Carlos.
Técnico: Rogério Micale
Atlético
Santos; Thiago Heleno (Eder), Zé Ivaldo e Wanderson; Matheus Rossetto (Renan Lodi), Camacho, Lucho González e Carleto; Guilherme, Raphael Veiga (Nikão) e Pablo.
Técnico: Fernando Diniz
Local: Vila Capanema
Horário: 11h
Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araújo (SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Alex Ang Ribeiro (SP)
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