De líder a isolado: fora dos planos no Coritiba, Kleber segue com futuro indefinido

Com contrato até dezembro, atacante continua treinando em separado no Coritiba e clube não vê possibilidades de integração ao elenco de Eduardo Baptista

Quase 50 dias se passaram desde que Kleber despertou interesse do Fluminense. O atacante foi liberado pelo Coritiba e chegou a fazer exames médicos no Rio de Janeiro, mas, sem acerto, retornou ao clube alviverde. De lá para cá, porém, a situação continua indefinida. Com contrato válido até dezembro e ainda sem desfecho, o Gladiador ainda não sabe onde vai jogar em 2018. O Coritiba não vê possibilidades de integração ao elenco.

Desde a negociação frustrada com o Flu e seu retorno, o jogador de 34 anos passou a receber uma programação de treino específica nas dependências do Coritiba. Ele não participa dos treinos táticos com o grupo comandado pelo treinador Eduardo Baptista.

Enquanto apenas treina, o clube busca uma solução para o impasse. No início do mês, o Coxa buscou uma solução e propôs uma rescisão de contrato amigável, a qual não foi aceita por Kleber.

Dono do maior salário do atual elenco, a possível saída do atacante representaria um alívio aos cofres alviverdes. Com o cenário ainda indefinido, o clube segue sem definição e preocupado, já que continua pagando os vencimentos do jogador e não pretende colocá-lo em campo.

A maneira como Kleber deixou o Coritiba para fazer exames médicos no Fluminense provocou um mal estar dentro do clube. O atacante impôs sua liberação para negociar com o time carioca em meio à decisão do Paranaense. Ele jogou a clássico Atletiba da final e deixou o clube três dias depois.

As negociações no Fluminense não tiveram o desfecho esperado.
Além disso, apesar de manifestações públicas de jogadores do Fluminense, que foram questionados durante coletivas à imprensa a respeito de uma possível vinda do atacante, Kleber também encontrou resistência interna no time carioca. No fim, o Fluminense encaminhou uma nota oficial dizendo que o jogador não seria contratado por divergências financeiras.

Sai de cena o jogador referência, entra o contestado
Kleber viveu altos e baixos no Coritiba. Com 41 gols marcados em 91 jogos pelo clube, o atacante sempre foi considerado peça-chave dentro e fora de campo. Decisivo e experiente, vestia a braçadeira de capitão e costumava chamar a responsabilidade em momentos de pressão, liderando o grupo dentro e fora de campo. Preocupação para adversários, era visto como referência no elenco para jogadores e treinadores.

Foi artilheiro do Campeonato Paranaense tanto em 2016 (13 gols) como em 2017 (11 gols). No ano passado, inclusive, levantou a taça. Kleber marcou um total de 39 gols entre 2016 e 2017 - seu melhor período com a camisa alviverde. Em 2016, anotou gols decisivos para a permanência na Série A, como nas vitórias por 3 a 1 sobre a Ponte Preta, por 2 a 1 sobre o Santos e por 2 a 0 sobre o Atlético-MG. Além disso, marcou, em 2017, um gol no 3 a 0 sobre o Atlético-P, na Arena da Baixada, na decisão do estadual - o time conquistaria o título após um empate sem gols no Couto.

Seu pior momento o Coritiba foi na metade do ano passado, quando foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por duas vezes e em períodos longos durante o Brasileiro. A primeira foi depois de cuspir e agredir um jogador do Bahia, que valeu pena de 15 jogos, que foi reduzida para 11 partidas. Depois, na volta, criticou a entidade e foi novamente punido. Com isso, o camisa 83 pouco pôde fazer para evitar a queda do Coxa para a Série B. O ex-presidente do clube, Rogério Bacellar, chegou a dizer que a suspensão de Kleber "desestabilizou" o elenco para a continuidade.
Kleber não atua desde 8 de abril, quando disputou a final do Campeonato Paranaense contra o Atlético-PR 

Kleber disputou apenas seis jogos pelo Coritiba em 2018, marcou um gol e sofreu com duas lesões. Estreou contra o Prudentópolis, na primeira rodada do Campeonato Paranaense, mas sentiu uma lesão que o deixou fora por um mês. Depois, ele voltou contra o Goiás, pela Copa do Brasil, e jogou apenas 45 minutos, sentindo outra lesão, que o deixou fora até a final do estadual.ge

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