Análise: cinco pontos que o Coritiba pode melhorar com Eduardo Baptista

Comentarista Cristian Toledo avalia problemas no ataque, na defesa além da necessidade de recuperar a parte emocional do time, como parte das necessidades do Coritiba

Um dos contratados em 2018, Pablo ainda não marcou pelo Coritiba

O Coritiba tem 10 dias pela frente até o próximo jogo pelo Campeonato Brasileiro, no dia 27, uma sexta-feira, diante do Criciúma, no Couto Pereira, pela terceira rodada. No período sem jogos, o time do agora técnico Eduardo Baptista, por exemplo, pode dar início a melhoras em alguns setores do time, além de tentar rearrumar a casa.

Melhorar o ataque

Dentro de campo, um dos problemas a serem ajustados pelo técnico Eduardo Baptista é melhorar o desempenho do ataque. O Coritiba marcou 21 gols em 21 jogos na temporada, uma média de apenas 1 por partida. Um dos reforços trazidos em 2018, o atacante Pablo ainda não balançou a rede com a camisa do Coritiba - ele atuou em nove jogos, sendo cinco como titular.

Dos gols marcados na temporada, três atacantes fizeram gols até agora - Guilherme Parede (três gols) e Alecsandro (dois gols) e Kleber (um gol). Contra o Atlético-GO, o únic ogol do jogo foi do volante Vinícius Kiss.

– O Coritiba não tem uma organização ofensiva - e isso não é de hoje. Atacantes foram contratados, escalados e trocados ao sabor dos acontecimentos, e todos ficaram isolados, sem a preparação de jogadas. Discuta-se ou não a eficiência de Kleber, Alecsandro, Evandro, Henrique Almeida e agora Bruno Moraes, é evidente que a bola não chega. E quando chega, não vem com qualidade. Então, é obrigatório para Eduardo Baptista encontrar soluções para o ataque alviverde.

Atacante Bruno Moraes foi um dos últimos reforços contratados pelo Coritiba

Dar entrosamento com novos reforços

O Coritiba iniciou a temporada trazendo o lateral César Benítez e o volante Simião como os primeiros reforços. A dupla, no entanto, não engrenou e perdeu espaço para pratas da casa como Marcos Moser e Vitor Carvalho. Na sequência, o clube contratou os zagueiros Alex Alves e Alan Costa, o atacante Pablo e o meia Alvarenga, que não se firmaram como titular.

No último pacotão, o Coxa trouxe o lateral-esquerdo Abner, o lateral-direito Carlos César, os meias Chiquinho e Jean Carlos, o volante Vinícius Kiss e o atacante Bruno Moraes. Com exceção de Carlos César, que se machucou antes de estrear, os demais atuaram como titulares nas duas últimas partidas da equipe, contra Sampaio Corrêa e Atlético-GO, ambas pela Série B. Agora, sob o comando de Eduardo Baptista, um dos objetivos é dar mais entrosamento ao time com a chegadas das novas peças.


Ajustar a defesa

Se na frente o Coritiba está devendo, atrás também pode melhorar. Com 20 gols sofridos em 21 jogos, a defesa alviverde precisa de ajustes. No Campeonato Paranaense, por exemplo, a equipe sofreu com as bolas aéreas - o time de Sandro Forner chegou a sofrer 75% dos gols após cruzamentos na área. Benítez não mostrou segurança quando atuou, a exemplo dos pratas da casa Marcos Moser e Léo Andrade, que oscilaram bastante.

A dupla titular na maior parte da temporada foi formada pelos pratas da casa Thalisson Kelven e Romércio. Nas duas partidas, no entanto, Alex Alves assumiu posição de titular ao lado de Kelven.

Coritiba tenta voltar aos trilhos, agora sob nova direção

Emocional

Vice para o maior rival, queda na terceira fase da Copa do Brasil e um técnico demitido. O balanço dos primeiros quatro meses do Coritiba deixou o torcedor sob tensão para a sequência da temporada, justamente no ano em que a equipe terá a missão principal de voltar à Série A. Antes de Eduardo Baptista assumir a equipe, o auxiliar técnico Tcheco pontuou que alguns jogadores do time alviverde estavam sem confiança e pressionados.

– Também não é de hoje a falta de equilíbrio emocional do Coritiba. Não é uma situação que um treinador sozinho vai resolver, nem mesmo apenas um psicólogo. O Coxa já teve profissionais excelentes nesse setor, e mesmo assim penou muito. Mesmo jogadores mais experientes não suportam a pressão que existe dentro do clube - pressão que começa por conta da desorganização administrativa, passa pela falta de convicção do departamento de futebol e desemboca nas dificuldades técnicas. Para o técnico, cabe fazer a parte dele: dar segurança ao time e tentar blindá-lo das confusões externas.

Lateral-direito Carlos César se machucou antes de estrear pelo Coritiba

Esvaziar o DM

Outro ponto que pode ser priorizado na pausa é a questão física. Atualmente, seis jogadores estão em tratamento médico- Carlos César (lesão na coxa), William Matheus (lesão no tornozelo), Thiago Lopes (dores na coxa), Iago Dias (dores no tornozelo), Alecsandro (trabalhos para fortalecimento no joelho) e Alan Costa (tratamento muscular). Esvaziar o DM pode oferecer opções para Baptista trabalhar na sequência da Série B.

O Coxa tem duas vitórias nos últimos cinco jogos, somando Campeonato Paranaense e Campeonato Brasileiro. A equipe venceu o Atlético-GO (1 a 0) no primeiro jogo da equipe em casa na Série B e derrotou o rival Atlético-PR (1 a 0), no jogo de ida da final do estadual. Antes, havia perdido para Cascavel (2 a 1) e Atlético-PR (2 a 0, na grande final do Paranaense). Na primeira rodada do Brasileiro, perdeu para o Sampaio Corrêa (2 a 0). ge

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