Partes fazem acordo em audiência judicial na terça-feira, mas, segundo clube, não foi cumprido pelo atacante. Julgamento que pede rescisão definitiva está previsto para junho
Mosquito não aparece para treinar desde o dia 7 de abril, diz Coritiba
A situação do atacante Mosquito segue indefinida no Coritiba. Clube e representantes do jogador participaram, na última terça-feira, de uma audiência de instrução, na 2ª Vara do Trabalho de Curitiba. As partes firmaram um acordo para que o jogador retornasse aos treinamentos a partir desta quarta-feira, às 9 horas, mas o jogador não compareceu, conforme a assessoria de imprensa do clube. A reportagem do GloboEsporte.com também esteve presente no treino do Coritiba, no Couto Pereira, e não localizou Mosquito. O advogado do jogador afirma que ele esteve presente.
Mosquito e o Coritiba vivem uma briga judicial desde que as negociações para renovação de seu contrato foram frustradas. O jogador obteve na Justiça uma liminar que o desobrigava de continuar treinando no clube até que a decisão fosse definida, quando o presidente do Coritiba se queixou de sua saída sem explicação.
Na nova audiência, nesta terça, através de um acordo entre os dois lados, ficou definido que ele poderia treinar para manter sua forma. O julgamento em primeira instância está marcado para o dia 1º de junho.
O Coritiba afirma que sempre deu condições normais de trabalho e que o jogador deixou de trabalhar desde o dia 7 de abril. Do outro lado, os representantes alegam que Mosquito foi impedido de trabalhar pelo clube, e que a diretoria determinou que o atleta fizesse os treinamentos longe dos demais atletas que compõem o elenco profissional.
Na audiência, o Coxa ainda afirma que pretende inscrever o jogador na Série B em caso de renovação de contrato e comparecimento para treinamento, o que é descartado pelos representantes de Mosquito.
– Ficamos perplexos com a postura do clube de que ele somente jogará pelo clube se ele aceitar renovar o contrato. E isso está fora de cogitação. Ele não irá renovar com o Coritiba. E como o clube não aceitou o acordo, ele já pode assinar pré-contrato com outro clube e o Coxa ficará sem nada. Enquanto não temos o julgamento, nós pedimos que ele continue trabalhando e mantendo a forma física, cumprindo o contrato - disse o advogado do jogador, Filipe Rino.
Entenda o caso
As partes têm travado uma batalha na Justiça desde o início do ano para que o jogador deixe o clube. Mosquito alega não ter recebido o pagamento de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de 22 meses, além dos 13º salários de 2013, 2014 e 2017, depósito do FGTS de dezembro do ano passado e segunda parcela do 13º salário de 2017.
Por trás da batalha jurídica está a conflituosa tentativa de renovação do contrato do jogador. No início do ano, Coritiba e os representantes de Mosquito não chegaram a um acordo para sua manutenção. O principal motivo são as multas rescisórias. De um lado, o clube entende que elas devem ser altas para proteger o investimento. Do outro, os representantes acreditam que elas não podem alcançar altas cifras e, dessa forma, impedirem negociações futuras.
Revelação da base do Coritiba, Mosquito tem contrato com o Coritiba até setembro deste ano. Ele já pode assinar um pré-contrato com outro time. O jogador iniciou a pré-temporada como titular, mas perdeu lugar pouco antes da estreia por conta da disputa judicia, e ainda não jogou em 2018. ge
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