Tribunal Superior do Trabalho negou pedido de rescisão do atacante. Processo segue em andamento e uma audiência entre as partes está agendada para o dia 5 de abril
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou na última sexta-feira o pedido de habeas corpus do atacante Mosquito para rescindir contrato com o Coritiba. O processo segue em andamento e uma audiência entre as partes está agendada para o dia 5 de abril. A informação foi divulgada pelo "Uol".
"A partir do próprio relato do impetrante, noto que não há ameaça de coação de forma concreta à liberdade de trabalho do paciente. A alegação, em tese, de que o paciente está impossibilitado de se desligar do Coritiba Foot Ball Club não autoriza o manejo deste remédio constitucional extremo. Não há notícia de que o paciente teve tolhida a sua liberdade de trabalho para se transferir para determinado clube", consta no parecer da Ministra-Relatora do Trabalho, Maria Helena Mallmann, o qual indefere o pedido de Mosquito.
– Nós temos ainda uma gama de recursos que podem ser utilizados, mas com a proximidade da audiência, deveremos aguardar o andamento do processo - explicou o advogado do atacante, Filipe Rino.
De acordo com o advogado, o jogador foi afastado pelo clube dos treinamentos na última semana.
– O Mosquito vem tentando cumprir o contrato dele. Na última semana, o Coritiba determinou que ele fosse afastado do elenco e passasse a treinar em separado, com outros dois atletas. Então ele vem tentando cumprir, mas parece que o cumprimento do contrato já não é tanto mais interesse do Coritiba - completou.
De acordo com o GloboEsporte que entrou em contato com o Coritiba, que negou que Mosquito esteja treinando em separado no CT. O clube, inclusive, divulgou uma foto que mostra o atacante fazendo as atividades normalmente no clube (veja a imagem acima).
Na última quinta-feira, o presidente Samir Namur foi questionado sobre o caso envolvendo o atacante.
– Não existe novidade nenhuma, essa situação já está consolidada faz tempo. O Coritiba fez uma proposta bem importante de renovação contratual a ele, que o valorizaria muito, e o atleta não aceitou por conta da multa rescisória. O Coritiba queria uma multa de R$ 20 milhões, o atleta queria uma multa de R$ 3 milhões. Hoje, o contrato dele tem uma multa de R$ 16 milhões, então o Coritiba não estava pedindo nada demais. Nesse meio tempo ele entrou com três ações na Justiça contra o Coritiba - disse em entrevista coletiva à imprensa.
– A gente sabe que o judiciário é imprevisível, mas imaginamos que ele não vá ter sucesso também. A postura do Coritiba segue a mesma, o contrato está lá, com os mesmos valores e a mesma multa. Se ele quiser, assina o contrato e ele vira atleta do Coritiba pelos próximos três anos - completou o dirigente.
Entenda o caso
No processo contra o Coritiba, Mosquito alega o não pagamento de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de 22 meses, além dos 13º salários de 2013, 2014 e 2017, depósito do FGTS de dezembro do ano passado e segunda parcela do 13º salário de 2017. No dia 31 de janeiro, o atacante teve negado, pela Justiça do Trabalho, o pedido de liminar para rescindir contrato com o clube onde foi revelado. Na decisão, a desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista, da 2ª Vara do Trabalho de Curitiba, alegou que não existia necessidade de urgência em conceder a rescisão ao jogador antes da ação ser julgada por completo.
Coritiba e Mosquito tentam chegar a um acordo desde o ano passado, mas as negociações não avançam. O vínculo do jogador com o clube é válido até setembro deste ano. Ele pode assinar um pré-contrato com outro clube já a partir deste mês. Com o impasse, Mosquito não foi inscrito para o Campeonato Paranaense. GE
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