Ministro entendeu que defesa deve ver as delações antes de
novos depoimentos
Novamente, ministro do STF
beneficia empresário de ônibus, que já teve outras três decisões favoráveis de
Gilmar Mendes.
Mais uma vez o ministro do STF –
Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, atendeu a defesa do empresário Jacob
Barata Filho, conhecido como Rei do Ônibus do Rio de Janeiro, acusado de
envolvimento em esquema de corrupção envolvendo políticos, como o ex-governador
Sérgio Cabral, e de agentes públicos, como ex-diretores do Detro, o
departamento que fiscaliza os transportes no Estado.
Gilmar Mendes suspendeu os
depoimentos que deveriam ocorrer nesta semana para esclarecer ao juiz Marcelo
Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, como era o esquema de propina
que, de acordo com investigações da Operação Lava Jato, movimentou mais de R$
260 milhões entre 2010 e 2016, sendo que o principal beneficiário teria sido o
ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, com R$ 128 milhões.
O ministro do STF acolheu habeas
corpus da defesa do Rei do Ônibus que pediu para ter acesso prévio às gravações
depoimentos sobre as investigações.
Os delatores são Álvaro Novis,
Edimar Dantas, Renato Chebar, Jonas Lopes de Carvalho Júnior e Jonas Lopes de
Carvalho Neto.
O ministro já havia atendido
aos pedidos da defesa de Jacob Barata em três determinações que mandou
soltar o empresário.
Gilmar Mendes, em menos de 24
horas, entre os dias 17 e 18 de agosto de 2018, decidiu pela liberdade do
empresário de ônibus. A primeira decisão foi derrubada pelo juiz federal
Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro. O magistrado
expediu novos mandados de prisão aos empresários beneficiados por Gilmar. O
ministro então derrubou os novos mandados.
Quando foi preso pela primeira
vez, em 02 de julho de 20176, Jacob Barata Filho estava prestes para ir a
Portugal. A prisão ocorreu dentro do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.
Em 14 de novembro de 2018, Barata
voltou a ser preso pela Policia Federal, desta vez na Operação Cadeia Velha,
mas foi solto em 01º de dezembro também por Gilmar Mendes.
Adamo Bazani, jornalista
especializado em transportes
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