Estudo do banco Itaú BBA, divulgado com exclusividade pela Tribuna, mostra que planos mais caros do Atlético não são vantajosos pro torcedor
Uma das
últimas ações dentro da Arena foi a implantação do sistema biométrico de
identificação
Para os torcedores do Atlético que
pensam apenas no lado financeiro, ser Sócio Furacão VIP pesa mais no bolso do
que comprar ingressos avulsos a cada jogo realizado. Foi o que mostrou um
estudo feito pelo banco de investimentos Itaú BBA, enviado, no Estado, apenas
à Tribuna do Paraná. O levantamento também apontou que o associado das
categorias Furacão e Furacão Fan só não ficam no prejuízo, caso forem à Arena
da Baixada em, pelo menos, 18 jogos no ano.
Para a
pesquisa, foram analisadas 41 modalidades de planos de oito clubes brasileiros
da Série A. Os resultados foram obtidos a partir da comparação do valor do
ticket médio do ingresso ao preço anual cobrado ao associado, e tiveram como
base partidas realizadas em 2017. Para que a média entre os valores fosse
calculada, levou-se em consideração o número de jogos ocorridos no estádio dos
participantes, ou seja, os jogos ‘em casa‘. O único time paranaense no estudo é
o Atlético.
Para a análise sobre o Furacão, a pesquisa levou em conta o valor
individual do ingresso avulso a R$100, tendo como base os jogos do Atlético
contra o Flamengo, realizado no dia 28 de maio e contra a Ponte Preta, que
aconteceu no dia 23 de julho. Considerando que foram 36 jogos realizados na
Arena da Baixada na temporada, entre diversas competições, e com o plano no
valor anual de R$ 1.800,00 (R$ 150 no mês), o Sócio Furacão e Furacão Fan
precisaria ir a, no mínimo, 18 jogos para que seu investimento tivesse retorno.
Ou seja, a opção é boa para aqueles que são presença frequente no estádio.
Já para quem paga o Sócio Furacão VIP, que custa R$ 4.200,00 no ano
(R$ 350 mensais), seria necessário ir a 42 jogos em casa para que o valor
custeado compensasse monetariamente, um número impossível de ser alcançado, uma
vez que fica acima da projeção de jogos realizados.
Cesar Grafietti, superintendente de Crédito do Itaú BBA e responsável
pelo levantamento, explica que existem diferentes aspectos para se avaliar o
quão vantajoso é se tornar sócio de um time. “A atratividade dos programas de
sócio-torcedor está ligada a dois aspectos: financeiro e esportivo.
Financeiramente, é mais vantajoso quanto mais vai ao estádio e quanto maior o
preço do ingresso cheio. Esportivamente, quanto melhor o desempenho do clube e
quanto mais finais ele atingir, mais atrativo o programa, pois nesses momentos
o preço tende a subir. Além disso, melhor desempenho significa maior demanda, e
programas que garantem lugar no estádio são um conforto a mais. Paga-se pelo ’seguro’
de ter acesso aos jogos mais importantes”, explicou o executivo.
Somente sócios na arquibancada?
Outro número que chamou a atenção no estudo foi o da porcentagem de
sócios-torcedores presentes nos jogos do Atlético. Nas partidas analisadas, em
média, 79% do público presente era composto por associados. Entre os clubes
analisados, esse número fica apenas atrás do Corinthians, que compõe sua
arquibancada com 90% de sócios.
Esse dado pode ser visto sob dois pontos de vista: o primeiro é que os
sócios realmente fazem valer seu investimento e estão presente em mais jogos do
Atlético. Já o segundo, diz que, com os ingressos caros para quem quer ir
esporadicamente às partidas, o público atleticano fica restrito àqueles que
podem desembolsar o valor de associado. Ou seja, os torcedores que vão
casualmente à Arena da Baixada acabam por serem afastados do estádio.
A diretoria rubro-negra não divulga o número de sócios-torcedores, mas
em outubro de 2017 (o número mais recente encontrado), o Atlético contava com, aproximadamente,
22.500 sócios, segundo reportagem divulgada pelo GloboEsporte.com. Neste
momento, o clube brasileiro com o maior número de sócios é o Grêmio, com
137.440 associados. (Tribuna)
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