Trio que assume o comando do time precisa acertar o Paraná antes do jogo contra o Sampaio Corrêa, na Copa do Brasil. Só a vitória interessa
Paraná tem problemas no ataque, onde utilizou diversos atacantes, mas
com resultados fracos até agora
O Paraná Clube inicia a semana sob a dúvida da escolha de um novo treinador
após a demissão de Wagner Lopes. A diretoria já tentou uma cartada com o
auxiliar-técnico do Corinthians, Osmar Loss, que não foi aceita, além de Hemerson
Maria, do Vila Nova.
No discurso, o time vai, ao menos, até a próxima quinta-feira,
comandado pelo auxiliar-técnico Ademir Fesan, com apoio do analista de
desempenho Lucas Gonçalves, e o coordenador técnico, Marcos, ex-goleiro do
Paraná.
O trio tem como missão urgente implementar alguma melhoria para
enfrentar o Sampaio Corrêa, pela segunda fase da Copa do Brasil em mais um jogo
decisivo e com um grau maior de risco. Dessa vez, o Paraná não terá o benefício
do empate para obter a classificação. Empate leva a decisão para os pênaltis.
A necessidade de vitória é mais uma pressão que o elenco deve sofrer
depois de um início complicado, que resultou na demissão de Wagner Lopes. O
time venceu apenas uma partida entre sete jogadas, além de ter dificuldades de
fazer gols. O Tricolor também não conta com uma defesa confiável.
Desequilíbrio em campo
O Paraná não chegou a empolgar em nenhum jogo até agora, mas
demonstrou alguns lampejos de bom futebol. A dificuldade é estender esses
momentos para a maior parte do jogo. Um dos exemplos foi a derrota para o
Atlético-PR ainda na segunda rodada do Paranaense, quando o Tricolor foi
superior nos primeiros minutos, conseguiu um pênalti no ínico do jogo, mas
acabou não convertendo. Depois se perdeu em campo e acabou derrotado por 3 a 0.
As dificuldades em dar uma cara e melhorar o desempenho do time em
campo foi um dos principais assuntos de Wagner Lopes em suas coletivas após os
jogos. Foi também o argumento do diretor de futebol, Rodrigo Pastana, para
decidir pela saída do treinador. Pastana disse que, apesar das dificuldades,
não via evolução no time em 45 dias de trabalho. O trio responsável precisará,
ao menos, dar uma fagulha de mudança no time para o jogo de quinta-feira.
Falta de gols
O ataque paranista não consegue melhorar mesmo com todas as alterações
feitas no decorrer dos jogos e também com as contratações. O time fez apenas
seis gols em sete jogos (cinco no Paranaense e um na Copa do Brasil) com os
atacantes falhando nos principais momentos. A maior aposta foi em Zé Carlos,
que jogou três jogos, não marcou nenhum gol e deixou de ser relacionado. O
motivo, segundo Wagner Lopes, seria a necessidade do jogador ainda adquirir
ritmo. Sua utilização seria somente pela falta de outras opções.
Na partida contra o Prudentópolis, quando o Paraná venceu por 3 a 0,
um esboço de um ataque com Diego, Lucas Fernandes e Thiago Santos apareceu bem
e animou o torcedor. Na partida seguinte, o estilo foi o mesmo com a entrada de
Matheus Pereira no lugar de Lucas, mas o resultado explica o fracasso: 2 a 0
para o Leão.
Gols tomados
Thiago
Rodrigues chegou em um dia e estreou no outro pela falta de goleiros no Paraná
Se no ataque está ruim, na defesa também não há muito o que comemorar.
Foram nove gols tomados, desses, oito no Paranaense, que coloca o time com a
pior defesa ao lado de Rio Branco-PR e União-PR. Apesar de não ser o culpado
direto pelos gols tomados, a situação do goleiro Thiago Rodrigues exemplifica:
depois de não conseguir colocar em campo os contratados Richard e Luis Carlos
por problemas físicos, o clube contratou Thiago Rodrigues um dia antes de
estrear contra o Atlético-PR.
Formar uma base no time
Com 20 contratados desde o início do ano, o Paraná sofre com a
abundância de jogadores. Na busca de achar a formação ideal, Wagner Lopes fez
mudanças em todos os jogos, chegando a usar 21 atletas em três partidas. O
setor com mais modificações é o ataque. Wagner Lopes utilizou sete jogadores no
setor: Felipe Augusto, Vitor Feijão, Minho, Lucas Fernandes, Diego Gonçalves,
Zé Carlos e Alemão (o último já deixou o clube).
As formações mais semelhantes até agora foram as dos jogos contra o
Prudentópolis e Rio Branco-PR. Apesar dos resultados diferentes - vitória no
primeiro e derrota no segundo -, foram os jogos onde o time apresentou um
comportamento mais organizado e pode ser a base do Paraná para quinta-feira. (GE)
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