O Brasil tem a segunda gasolina mais cara do mundo. Um
levantamento da consultoria Air-Inc mostrou que, entre os 15 maiores produtores
de petróleo, o país só perde para a Noruega. O valor médio da gasolina, aqui, é
de US$ 1,34 por litro, ou cerca de R$ 4,42. Se Curitiba fosse um
país, ficaria na mesma posição, já que o valor médio do combustível, na
capital, é de US$ 1,23 ou R$ 3,99.
A gasolina brasileira só perde para a da Noruega em preço, onde o
valor chega a quase US$ 1,90 por litro, ou cerca de R$ 6. A diferença é que o
salário médio na Noruega é de R$ 11,4 mil e a taxa de desemprego é de 2%, já no
Brasil o salário médio é de R$ 2,2 mil e a taxa de desemprego é de 12,4%,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na Venezuela, o país com menor preço, um litro de gasolina custa menos
de US$ 0,01.
Polêmica
Na última semana, o governo federal chegou a determinar que
a Polícia Federal (PF) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
investiguem a existência de um cartel no setor. A medida foi tomada por causa
da alta e do fato de que quedas nos preços nas refinarias, anunciadas pela
Petrobras, não estarem sendo repassadas aos consumidores finais.
No dia 9 de fevereiro, o presidente Michel Temer (PMDB) disse que
considera uma “agressão ao consumidor” o fato de que as reduções de preços nas
refinarias não são repassadas às bombas. Segundo ele, o governo não vai
permitir esse comportamento.
Distribuidoras e postos se defenderam, afirmando que as altas nos
preços se devem à carga tributária pesada aplicada aos produtos.
Ainda de acordo com a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e
de Lubrificantes (Fecombustíveis), a carga tributária – com impostos como
Cide, PIS/Cofins e ICMS – chega a 50% da composição de preço da gasolina. Já
a a Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis,
Lubrificantes, Logística e Conveniência (Plural) afirmou, na ocasião, que “os
impostos, que subiram mais de 70% desde julho de 2017, fazendo o preço da
gasolina na bomba também subir. No total, houve aumento de 20% no preço médio
entre julho/2017 e fevereiro/2018. Enquanto isso, as margens de revenda,
distribuição e logística caíram 7%”.
Alternativa
Com os altos valores, alguns consumidores optam por instalar cilindros
de Gás Natural Veicular (GNV). Com um metro cúbico do gás, é possível rodar
mais quilômetros do que com o etanol ou gasolina. De acordo com a Compagás, a
rentabilidade pode chegar a 50%. Se um carro médio roda, na cidade, cerca
de 7 quilômetros com um litro de álcool ou 10 quilômetros com gasolina, ele
passa a rodar, no mínimo, 13 quilômetros com um metro cúbico de GNV. Na hora de
abastecer também há maior segurança, porque não é possível adulterar o gás
natural.
A advogada Vivian Henriques Amaral optou, há três anos, pelo GNV e
aprova. “Com o gás, o metro cúbico é mais em conta. Eu gastava, para ir
trabalhar, em torno de R$ 30 por semana, até mais. A última vez que completei o
tangue, com 15 m³, eu gastei em torno de R$ 37”, conta.
“O único problema que vejo no gás hoje é que o preço dele está muito
semelhante ao do álcool”, conta a advogada, que afirma que o valor está próximo
dos R$ 2,49 por metro cúbico.
Fonte: Paranaportal
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