O
interventor da segurança no Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, pediu
sacrifício à sociedade fluminense, em nome da paz social e da segurança. O
apelo foi divulgado em nota emitida pelo Comando Militar do Leste (CML) nesta
terça-feira (20).
O documento
informa ainda que haverá continuidade das operações de Garantia da Lei e da
Ordem (GLO) no Rio de Janeiro; que a equipe que vai trabalhar com o interventor
está sendo formada e será divulgada nos próximos dias; e ainda rebate que a
intervenção na segurança do Rio seja de cunho militar.
“Salienta-se que a intervenção é federal; não é militar. A natureza
militar do cargo, à qual se refere o Decreto, deve-se unicamente ao fato de o
interventor ser um oficial-general da ativa do Exército Brasileiro”, diz o
documento.
A nota do Comando Militar do Leste ainda afirma que a atuação conjunta
federal e estadual será cada vez mais percebida, e depois pede apoio e
sacrifício da população:
“O interventor destaca a necessidade da participação da sociedade
fluminense nesse esforço conjunto. O processo demandará, de todos e de cada um,
alguma parcela de sacrifício e de colaboração, em nome da paz social e da
sensação de segurança almejadas”, destacou o texto, assinado pelo setor de
Comunicação Social do CML.
Em outro ponto, a nota ressalta que a intervenção tem caráter
colaborativo, que os órgãos de segurança pública estadual estão em
funcionamento normal e que o objetivo é o aperfeiçoamento gerencial e operativo
dessas instituições. “Dessa forma, os resultados de natureza institucional
serão percebidos a médio e longo prazos”, afirma.
O decreto de intervenção assinado pelo presidente Michel Temer na
última sexta-feira (16) faculta a Braga Netto nomear e demitir funcionários,
incluindo os comandantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, o chefe da
Polícia Civil e o titular da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária
(Seap). AG
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