Sem evolução, Coritiba depende do talento de Kléber

Coritiba segue “Kleberdependente”, e a prova foi a atuação ruim no empate com o Rio Branco, resultado que só veio porque o Gladiador fez seu gol salvador

Faltou técnica, faltou tática, faltou futebol. O Coritiba, sempre dependendo de Kléber, que mais uma vez foi decisivo, arrancou um empate em 1×1 diante do Rio Branco, na noite desta quinta-feira (25), em pleno Couto Pereira, chegou aos dois pontos e segue fora da zona de classificação do grupo B da Taça Dionísio Filho do Campeonato Paranaense. Na quarta posição, o Verdão, ainda sem vencer no Estadual, terá que vencer o União, domingo (28), às 17h, em Francisco Beltrão, para subir na tabela.

O duelo contra o Rio Branco, pelo menos no primeiro tempo, aconteceu como um filme repetido da estreia do Coritiba no último domingo, quando empatou em casa diante do Prudentópolis. O time coxa-branca teve mais uma vez muitas dificuldades. A equipe comandada pelo técnico Sandro Forner, na verdade, parecia estar ainda um pouco presa, sem entrosamento e principalmente sem ritmo de jogo.
Diante da marcação individual imposta pelo Rio Branco, o Coritiba pouco criou na primeira etapa. Chegou apenas em chutes de fora da área dos volantes Simião e João Paulo, mas nada mais. Os meias Yan Sasse e Ruy, quando não erravam os passes nas poucas tentativas de furar a retranca do adversário, contentavam-se em apenas tocar a bola de lado. O atacante Kléber fez jus ao seu apelido e era o único que buscava algo a mais no setor ofensivo. O centroavante precisou sair da área muitas vezes e foi assim que o Verdão teve seus melhores momentos na etapa inicial.

O Rio Branco, com a marcação bem encaixada e levando a melhor nas disputas individuais, sobretudo por conta da passividade do Coritiba em campo, aproveitou a falha da defesa alviverde e abriu o placar aos 22 minutos com Eric, após cobrança de escanteio. Com o gol do time de Paranaguá vieram também as vaias da torcida coxa-branca. O Verdão, então, se desestabilizou de vez, não teve poder de reação e pareceu ter aceitado a vitória parcial do time de Paranaguá no primeiro tempo.
Inoperante na etapa inicial, o Coritiba conseguiu voltar pior do intervalo. O time alviverde tinha problema no setor de criação e, apesar da jornada ruim dos meias Ruy e Yan Sasse, o técnico Sandro Forner apostou nas saídas dos dois atletas para as entradas dos atacantes Alecsandro e Iago. Como era esperado, as mudanças não mudaram em nada e o time coxa-branca seguiu inoperante.

O atacante Kléber seguiu sendo bastante acionado, mas não contava com seus parceiros de ataque em noite inspirada. O Rio Branco, ainda atuando de forma retrancada, passou a ter os contra-ataques, mas que foram pouco aproveitados. Na melhor chance do time do Litoral, aos 19 minutos, Raul saiu na cara do gol, mas mandou para fora.
O Coritiba só conseguiu melhorar depois que o jovem Julio Rusch entrou na equipe. O meio-campista deu mais mobilidade ao setor ofensivo coxa-branca e o Verdão, enfim, passou a pressionar o Rio Branco. Depois de duas tentativas frustradas do atacante Iago e outra de Alecsandro, o gol de empate veio aos 40 minutos. E veio com o capricho de Rusch na cobrança de falta e no oportunismo de Kléber, que cabeceou sem chances para o goleiro Éder.
As vaias, então, transformaram-se em apoio do pequeno público presente no Couto Pereira. O Coritiba, então, foi para o tudo nada e de forma desorganizada. No final, apesar da pressão, faltou capricho no último passe e o Coxa amargou mais um tropeço em casa e segue sem vencer no Campeonato Paranaense.

TP

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