Treinador ressaltou que time tem potencial, mas que resultados precisam vir. Quem não render, pode perder espaço
Wagner Lopes não está satisfeito com o começo do Paraná
Clube e já cobrou o elenco
O início da temporada 2018 vem sendo muito abaixo daquilo que o Paraná Clube projetava.
Com duas derrotas nos dois primeiros jogos, o Tricolor teve apenas breves
momentos de bom futebol. Nada que fosse o suficiente para reverter os tropeços
por 2×1 para o União e 3×0 para o Atlético. No clássico, o técnico Wagner Lopes
chegou a falar
que a atuação paranista foi “vergonhosa”.
Porém, apesar dessa insatisfação
com o desempenho do time, o treinador optou por ver o lado bom dessas duas
primeiras rodadas e destacou que o Tricolor ainda pode evoluir nos próximos
compromissos, principalmente por ter peças que ainda estão para chegar.
“Nós temos alguns pontos
positivos com relação aos meninos que estamos colocando para jogar. Tem
jogadores com potencial muito grande e estamos trabalhando nesse
desenvolvimento para dar oportunidades e fortalecer a base. Estão chegando
outros jogadores, que com certeza vão qualificar o nosso elenco”, afirmou ele.
Até aqui, o comandante já
utilizou 19 jogadores nestas duas primeiras partidas, sendo quatro revelados no
próprio clube – sem contar o goleiro Thiago Rodrigues, que surgiu no Paraná
Clube e foi contratado novamente nesta semana -, o goleiro Hugo, o volante
Leandro Vilela, o meia Gabriel Pires e o atacante Vitor Feijão. Além deles,
outros nomes ficaram no banco de reservas e não entraram, além da garotada que
subiu após a campanha na Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Opções que podem render mais para
frente, mas que não resolvem a situação de imediato. Após o tropeço diante do
Furacão, a torcida cobrou mais raça e dedicação dos jogadores. Wagner Lopes não
discordou muito e reclamou das falhas em todos os aspectos. Aliás, fez até um
alerta para quem está à disposição.
“O que nós temos no momento
precisa render mais. Os jogadores sabem que estão abaixo do esperado. Quem está
tendo a oportunidade e não está aproveitando, paga um preço e vai para o fim da
fila. Queremos que os jogadores que estão tendo oportunidade no Paranaense
mostrem que têm condições de ficar para o Brasileiro”, cobrou o técnico. Tanto
que a diretoria segue no mercado em busca de novos nomes, que não param de
chegar, mas todas dentro da política de gastar pouco.
Um começo bem diferente de 2017,
quando o Tricolor emplacou vitórias e boas apresentações, mesmo com um time
sendo montado às pressas e, assim como agora, trazendo vários reforços de
tempos em tempos. Talvez isso é que tenha ficado na memória dos paranistas e
aumente a cobrança neste início de temporada. Um dos mais criticados foi o meia
Zezinho, que jogou de armador e foi defendido pelo treinador.
“O Zezinho tem jogado muito bem,
se dedicado muito. Uma das coisas que fizeram nós o escolhermos como capitão
foi porque ele tem identificação aqui, nesses dois anos tem trabalhado
arduamente para ajudar”, afirmou.
De qualquer forma, para o jogo
contra o Londrina, domingo, novamente na Vila Capanema, Lopes deve modificar o
time, tanto por conta do desgaste físico, como também para tentar melhorar a
formação tática. Se o resultado vier, a pressão diminuirá. Caso contrário, o
tão esperado ano da volta à Série A do Tricolor já vai começar tenso.
TP
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