Coritiba aposta em ex-jogadores com passado no clube pra conduzir reformulação

Praticamente toda a comissão técnica do Coxa é formada por ex-atletas de um passado não tão distante. Ideia é usar conhecimento pra ajudar o elenco

Sandro Forner e Pereira foram zagueiros do Coritiba no passado. O técnico jogou de 1997 a 1999, enquanto o dirigente atuou de 2009 a 2013

A nova diretoria do Coritiba, comandada pelo presidente Samir Namur, apostou em uma comissão técnica identificada com o clube para, em 2018, levar o Verdão de volta à primeira divisão do futebol brasileiro. O técnico Sandro Forner, seus auxiliares, Tcheco e Márcio Goiano, além do gerente de futebol Pereira já vestiram a camisa alviverde em campo, conhecem bem a realidade do Coxa e chegam neste ano com essa responsabilidade de apagar as últimas temporadas ruins do clube.

Apesar de ter sido revelado nas categorias de base do Paraná Clube, Tcheco tem maior identificação com o Coritiba. O jogador brilhou como jogador nos anos de 2002 e 2003 e, ao deixar o clube, na época, chorou ao se despedir em entrevista coletiva realizada no Couto Pereira. Depois, voltou em 2010, onde ficou até 2012, quando se aposentou. Para ele, essa identificação dos membros da comissão técnica é o primeiro passo para um trabalho de sucesso.
“Acho que dentro do clube é sempre importante ter alguns componentes que tenham identificação com o clube. Isso eu acho que é primordial. O Pereira é um deles, jogou junto comigo, temos uma história no clube. O Sandro também atuou e tem mais três ou quatro anos na comissão. Isso é um dos pilares para o sucesso, sem dúvidas. Quando se tem raiz, quando tem identificação todos colaboram mais para você ter uma continuidade no trabalho”, cravou Tcheco.
Além dele, o técnico Sandro Forner também já foi atleta do Coxa. Atuou como zagueiro de 1997 a 1999 e era treinador das categorias de base desde 2015. Márcio Goiano, além de estar na comissão técnica permanente do Alviverde há alguns anos, também já defendeu o clube em 1998, quando atuou como lateral-direito. Quem também retornou ao clube, agora em outra função, é o ex-zagueiro Pereira, que vestiu a camisa coxa-branca de 2009 a 2013.
Em campo, o defensor viveu muitas situações pelo Coritiba. Chega agora para ocupar a gerência de futebol e ser o elo de ligação entre jogadores e comissão técnica com a diretoria.

“Está atrelado tudo o que eu vivi como atleta. Isso me credenciou para eu receber o convite. Eles conhecem o Pereira do jogo. Com esse senso de liderança vou tentar sempre ajudar de acordo com os interesses do clube. Tudo aqui que eu fiz como atleta influenciou para hoje eu estar credenciado para exercer essa função”, pontuou ele, que espera retribuir agora fora das quatro linhas todos os bons momentos que viveu no clube como jogador.
“Já havia recebido o convite antes, mas não aceitei. Precisava de um período maior para me desligar da questão atleta. O Coritiba, por tudo o que vivi aqui, a gente sabe como funciona, tem um envolvimento maior. Como profissional, o desejo é de retribuir tudo o que vivi de bom aqui‘, acrescentou.

Tcheco, depois que pendurou as chuteiras, em 2012, já passou a fazer parte da diretoria do Coritiba. Também trabalhou como auxiliar-técnico e, em 2013, assumiu o time nas três rodadas finais do Brasileirão, livrando o Coxa do rebaixamento. Depois, passou a ser o técnico do time sub-23 alviverde, mas acabou demitido em abril de 2016, depois que a diretoria decidiu extinguir a equipe alternativa do clube. Foi embora na bronca, mas garantiu que está agora vivendo outro momento.
“Fui treinador em três jogos e em um período complicado, fui auxiliar por um bom tempo e é um grande desafio estar retornando. Quando assinei o contrato falei que na hora boa ou ruim eu ia estar sempre colaborando, de poder comprar o desafio junto com a comissão nova, que está com fome de trabalho, assim como eu também. Vamos tentar propor uma situação diferente para que a gente possa ter sucesso”, concluiu o novo auxiliar.

Tribuna

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