Foram 8.393 habilitações cassadas ao longo de 2017 no estado, conforme dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR).
A chefe de cozinha, Daniele Negrini, conta que fez o curso
de reciclagem em duas semanas, mas ficou três meses sem poder dirigir
A cada uma hora e dois minutos,
em média, um motorista paranaense teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
cassada em 2017, conforme dados do Departamento de Trânsito do Paraná
(Detran-PR).
Somando as suspensões, por hora,
quase dez motoristas perderam temporariamente o direito de dirigir. Foram 8.393
habilitações cassadas ao longo do ano passado no estado. Já as suspensões de
CNHs somaram 77.179 em 2017.
Enquanto a quantidade de
carteiras suspensas caiu 8,6% no comparativo com 2016, quando houve 84.470
suspensões, as cassações mais que dobraram – foram 3.893 em 2016.
Principais motivos para cassações
e suspensões de CNHs:
Transitar com velocidade superior
a máxima permitida em até 20%
Estacionar em desacordo com a
regulamentação
Avançar o sinal vermelho do
semáforo
Transitar com velocidade superior
a máxima permitida em mais de 20% até 50%
Deixar o condutor ou o passageiro
de usar cinto de segurança
A cassação, em geral, está
relacionada aos casos de reincidência, no prazo de 12 meses, de motoristas com
o direito de dirigir suspenso, de determinadas infrações de trânsito.
Nas três maiores cidades do
Paraná – Curitiba, Londrina e Maringá – registro de habilitações cassadas em
2017 aumentou consideravelmente em relação ao ano anterior.
Já as suspensões, só não tiveram
crescimento em Maringá, no norte do estado, onde a queda foi de 56,4%. Em
Curitiba, o aumento foi de 30,9%. Em Londrina, de 49,8%.
Maringá ficou sem fiscalização
por excesso de velocidade no ano passado por conta do fim do contrato com a
prestadora do serviço. A volta dos radares está prevista para o fim de janeiro
deste ano.
"Esse é o tipo de multa que
mais promove a suspensão de carteiras. Mesmo assim, as cassações aumentaram
porque têm relação com a reincidência", explica Gilberto Purpur,
secretário de Mobilidade Urbana.
Cassações nas três maiores
cidades do Paraná:
Curitiba
2016: 714
2017: 2.663
Alta: 273%
Londrina
2016: 200
2017: 623
Alta: 211%
Maringá
2016: 338
2017: 853
Alta: 152%
Reciclagem
Não tem jeito, mesmo que seja um
descuido ao passar por um radar, o motorista que perde o direito de dirigir
temporariamente precisa fazer o curso de reciclagem, além do período de
"gancho" – que varia de acordo com a gravidade e o histórico de
infrações.
A chefe de cozinha Daniele
Negrini, de 29 anos, precisou se virar para cruzar a cidade de Maringá para
trabalhar durante os três meses que ficou com a habilitação suspensa no ano
passado.
Segundo ela, duas multas na mesma
semana levaram à suspensão da CNH, que já somava sete pontos.
"Foram dois avanços de
semáforo. Eu nunca passo depois da última luz verde, mas não sei o que
aconteceu. Arrastei por um tempo recorrendo até encaixar as aulas do curso nos
meus horários e não tive como escapar", recorda.
Daniele conta que fez o curso de
reciclagem em duas semanas. "Os horários eu achei ruim. Só que o curso me
surpreendeu e acabei aprendendo bastante coisa nova. Vi que é importante para
conscientizar quem comete alguma imprudência", aponta.
No Paraná, o curso de reciclagem
pode ser feito pelo Detran-PR e também nas autoescolas. Após entregar a CNH,
quando passa a contar o período de punição, o motorista pode procurar pela
reciclagem. No Detran-PR, o curso é ministrado de quinta-feira a domingo ao
custo é de R$ 126,92.
Nas autoescolas de Curitiba, por
exemplo, o preço varia de R$ 300 a R$ 450, a depender da forma de pagamento
escolhida. Há locais que parcelam em até 10 vezes no cartão de crédito. Em
geral, quem paga à vista e em dinheiro, consegue descontos maiores.
G1
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