Mesmo com rebaixamento, Coritiba fechará 2017 com número de sócios em alta

Mais de 14 mil associados já pagaram a mensalidade de janeiro de 2018. Quadro é mais que o dobro da última queda, em 2009

Se depender dos sócios, Coritiba terá garantida a verba mensal pretendida para gastar com o futebol

O apoio da torcida será um dos pilares de sustentação do Coritiba para tentar, em 2018, conquistar o retorno à primeira divisão na disputa da Série B. O torcedor alviverde, intitulado por si próprio e pela diretoria como aquele que ‘nunca abandona‘, apesar da queda à segunda divisão, tem feito jus a esse título. Com poucos dias para o encerramento de 2017, o clube já ultrapassou a marca de 14 mil sócios adimplentes, podendo aumentar esse número até o dia 10 de janeiro, data de vencimento da mensalidade.
Esses números chegam a ser até surpreendentes se comparados a outros anos. Com relação ao mesmo período de 2016, quando o Coritiba, com muito custo, conseguiu permanecer na primeira divisão, o número de sócios chegou à marca de 13.484 torcedores. A expectativa da diretoria coxa-branca é de que o número atual possa chegar à marca dos 15 mil com as mensalidades em dia.
Isso representa o retorno financeiro mensal de pelo menos R$ 1,3 milhão. Esse é o número que a atual gestão, comandada pelo presidente Samir Namur, que tomou posse há duas semanas, pretende gastar mensalmente com a folha salarial do time. Assim, se o torcedor do Coritiba continuar nessa toada, o clube tem tudo para montar um Coritiba competitivo para as disputas do Campeonato Paranaense, da Copa do Brasil e da Série B.
O Coxa também conseguiu chegar a esse número por conta de uma vantagem concedida ao seu associado que pagar a anuidade de forma antecipada. O desconto de 12% atraiu o torcedor alviverde que, assim, conseguiu também manter a vida financeira do clube em dia ao final desta temporada, que, dentro de campo, terminou de forma desastrosa com o rebaixamento à segunda divisão.

Outro momento
Se o número de sócios em dia com o Coritiba for comparado com o mesmo período de 2009, quando foi rebaixado pela última vez, a marca atual é ainda mais expressiva. Naquele ano, quando caiu à Série B e ainda contou com os violentos incidentes no Couto Pereira após a partida contra o Fluminense, com a invasão da torcida ao gramado, o Coxa registrou a marca de apenas 5.717 associados em dia.

Queda
O atual quadro de sócios é considerado bom por tudo o que aconteceu ao final do Campeonato Brasileiro. No meio do ano, o Alviverde chegou a uma marca ainda mais expressiva. Quando esteve brigando pela liderança do Brasileirão e passou a figurar nas primeiras posições, o Coritiba, através do seu então diretor institucional, Ernesto Pedroso, atrelou a permanência do volante Matheus Galdezani ao aumento no número de sócios.
O dirigente coxa-branca, de fato, conseguiu mexer com o torcedor, que estava empolgado com o grande início de competição. O Verdão, então, quando anunciou a renovação de Galdezani, atingiu a marca de 23 mil sócios adimplentes. Porém, a queda de produção e a luta contra o rebaixamento afastaram os coxas-brancas do estádio, mas mesmo assim o Coxa conseguiu fechar a temporada com quase 15 mil sócios em dia. Número que, se mantido, será importante para a gestão de Samir Namur na luta para recolocar o clube de novo na primeira divisão.

Tribuna

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