FGTS bom para o governo, ruim para o trabalhador

Não sou vidente, mas não tinha dúvida: essa reforma da previdência da Câmara não passaria, pois tecnicamente errada, socialmente injusta e juridicamente inconstitucional.
Sorte, se votada no próximo ano, volta a possibilidade de a minha proposta passar e, com ela, um item fundamental: previdência privada obrigatória para todos.
De onde sairia o dinheiro? Não se assustem os trabalhadores. Sairia do FGTS, que, há décadas, já é debitado dos empregadores em 8%.
Desses 8%, o trabalhador escolheria de 1% a 3%, dependendo do tempo até a aposentadoria, para escolher um plano de sua livre escolha. Ao invés de ser roubado pelo governo, que remunera os depósitos com TR + 3%, o que raramente ultrapassou os 4% de rentabilidade e nem superou a inflação, essa poupança desemprego seria remunerada pelas taxas do mercado, 3 ou 4 vezes maiores. Além disso, seria bom para o país, pois seria investida em projetos de longo prazo, que criam desenvolvimento, riqueza e empregos.
Lá na frente, o trabalhador teria 2 aposentadorias: uma do INSS e outra da previdência privada. Esta maior que a do governo.
Pois sabem o que o Senado aprovou agora? Uma lei para usar o dinheiro do FGTS para socorrer a Caixa Econômica.
Resumo: o trabalhador aplica no FGTS para receber um rendimento de uns 4% ao ano e se esse mesmo trabalhador for emprestar da Caixa vai pagar juros de 4% ao mês, sim ao mês, ou 60% ao ano.
Grande negócio…para o governo.


Da Coluna do Renato Follador (CBN)

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