Estado e a Prefeitura de Curitiba firmaram convênio para iniciar as
ações de revitalização do Rio Belém, o único rio 100% urbano da capital, o mais
longo – e também o mais poluído. A proposta integra o programa de revitalização
do Rio Iguaçu, onde deságua o Belém.
O Governo do Paraná e a Prefeitura de Curitiba firmaram nesta
quinta-feira (14) convênio para iniciar as ações de revitalização do Rio Belém,
o único rio 100% urbano da Capital, o mais longo – e também o mais poluído. A
proposta integra o programa de revitalização do Rio Iguaçu, onde deságua o
Belém. O convênio foi assinado pela governadora em exercício Cida Borghetti e o
prefeito de Curitiba, Rafael Greca.
A governadora em exercício anunciou que serão investidos R$ 10
milhões, com recursos do Governo do Estado. O montante será utilizado em
projetos com o objetivo de despoluir o Rio Belém. “Hoje é um pontapé importante
e o começo da realização de um sonho, que é entregar o rio limpo à população”,
disse Cida. “Medida que, além de preservar o meio ambiente, levar mais
qualidade de aos paranaenses”, acrescentou.
Cida é a coordenadora do grupo de trabalho criado em 2015 pelo
governador Beto Richa para executar o projeto de Revitalização do Rio Iguaçu.
“Durante dois anos a frente do grupo de trabalho, tiramos 500 toneladas de
lixo, como colchão, fogão e até beliches, mas ainda falta muito”, disse Cida.
O prefeito, que no evento também assinou o decreto que aprova o Plano
Municipal de Saneamento Básico de Curitiba, destacou a importância do trabalho
conjunto para recuperar da bacia.
“Vamos despoluir o Rio Belém. O ano de 2018 será o ano de resgate da
bacia mais importante de Curitiba”, disse Greca. “Não se faz isso sozinho,
precisamos estar unidos para que tudo aconteça”, afirmou.
Entre as ações de recuperação do rio está a implantação e
monitoramento dos sistemas de fitorremediação, que consiste no uso de plantas
como agentes de purificação de ambientes aquáticos contaminados por substâncias
químicas e dejetos em geral. A técnica é utilizada em vários países para
tratamento de esgoto e recuperação de cursos d’água. Possui baixo custo de
implantação e ganhou reconhecimento internacional após ter sido utilizado na
despoluição do Rio Sena, na França.
Também haverá integração paisagística de áreas urbanas ao longo da
bacia.
O plano de recuperação será coordenado pela Secretaria estadual do
Meio Ambiente e terá participação de vários órgãos estaduais e do município –
Instituto Águas Paraná, IAP, Secretaria de Estado do Planejamento, a Sanepar e
o IPPUC.
Dentro do plano de recuperação, a educação ambiental será priorizada,
afirmou o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antônio
Carlos Bonetti. Ele explicou que entre as ações previstas estão campanhas de
conscientização da população para preservar a vida do Rio depois de despoluído.
“O processo de educação ambiental será contínuo para que depois de limpo não
voltemos a poluir o Rio Belém e, consequentemente, o Rio Iguaçu”, explicou.
TRABALHO INTEGRADO - O Governo do Estado e a Prefeitura de Curitiba já
trabalham integrados em projetos e ações para a revitalização do Belém, o único
rio 100% urbano da capital e o principal da bacia de Curitiba, com aproximadamente
17 quilômetros de extensão. Uma das ações é o rastreio de ligações clandestinas
de esgoto feito Sanepar em parceria com a prefeitura. O diagnóstico da Sanepar
apontou que existem 15 mil ligações irregulares no Rio Belém.
AEN
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