Entre elogios e reclamações, usuários e moradores das vias falam sobre a mudança
A
implementação do binário entre as ruas Mateus Leme e Nilo Peçanha completa um
mês, hoje, desde que a primeira via passou a ter sentido único em direção aos
bairros, enquanto a outra tem fluxo viário apenas em direção ao Centro de
Curitiba. Comerciantes e moradores da região, contudo, ainda se adaptam à
novidade.
Entre os comércios da região, um dos afetados pelas mudanças foi a panificadora
De Fátima. Localizada na altura do número 2.974 da Nilo Peçanha, próximo da
esquina em que a via passa a ter sentido único, recebia até 350 clientes por
dia antes da implementação do binário, quando os clientes ainda podiam
estacionar nos dois lados da pista.
“Agora foi proibido estacionar na rua, então os clientes têm de parar longe.
Estamos aqui há 17 anos e o movimento era bom, mas caiu uns 70% desde então”,
conta Marlon Bill Santos, filho de Aná de Fátima e Márcio dos Santos,
proprietários da empresa.
Para não perder ainda mais, a panificadora está de mudança, para um imóvel na
Mateus Leme, quase na mesma altura do imóvel atual, mas que tem espaço para
estacionamento. “Vamos ter de começar do zero, atrair de novo a clientela. São
dois meses praticamente parados, o pessoal acaba tendo de encontrar outra
panificadora, acostumam e aí é difícil recuperar”, comenta Marlon Billl.
Entre os moradores da região, o período de adaptação também tem sido de
dificuldade. Segundo Ana Carolina, moradora da Rua Nilo Peçanha, a fluidez do
trânsito na região melhorou, mas tem sido difícil se adaptar às mudanças no
transporte coletivo — 15 linhas de ônibus de Curitiba e oito linhas de
metropolitanos tiveram os trajetos alterados.
De acordo com a superintendente de Trânsito, Rosângela Battistella, esse
período de adaptação é natural, tendo em vista a relevância e a dimensão da
novidade para a região. “É normal que haja um período de adaptação, até o
motorista se acostumar com os novos caminhos, da mesma forma que ocorreu em
períodos de outras mudanças importantes na cidade, como a implantação do Anel
Viário, hoje totalmente integrado à vida dos curitibanos”.
Comentários
Postar um comentário