TRF2 restabelece prisões de Picciani, Melo e Albertassi

Desembargadores consideraram por unanimidade que decisão da Alerj de revogar as prisões dos peemedebistas foi ilegal

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB) (Pablo Jacob/Agência o Globo)

Por unanimidade, os desembargadores responsáveis pelo processo da Operação Cadeia Velha no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) determinaram o restabelecimento da prisão do presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), e dos deputados estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi, ambos também do PMDB. O relator, desembargador Abel Gomes, argumentou que a soltura dos três, determinada em votação entre os deputados da Alerj na última sexta-feira, não passou pelo tribunal. Os outros quatro desembargadores acompanharam o voto de Gomes, em sessão extraordinária na tarde desta terça-feira.
A pauta da sessão seria o afastamento dos deputados de suas funções da Alerj, mas Abel Gomes pediu questão de ordem e argumentou que a decisão do Legislativo fluminense não passou pelo TRF2. A decisão dos parlamentares foi encaminhada diretamente pela Assembléia à cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, e os deputados foram soltos.
Principais alvos da operação da Polícia Federal, Picciani, Melo e Albertassi são suspeitos dos crimes de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas no suposto recebimento de propinas de empresas de ônibus do Rio de Janeiro e de empreiteiras, como a Andrade Gutierrez e a Odebrecht. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o estado teria deixado de receber 183 bilhões de reais em decorrência de benefícios fiscais em favor de empresas envolvidas no esquema de corrupção, existente desde os anos 90.

Revista Veja


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