Ao fazer na noite de domingo (26) sua live semanal
pelo Facebook, o chefe da Casa Civil, deputado Valdir Rossoni, deu tom de
mistério ao responder a um internauta que o assistia: revelou que pode, sim,
sair do PSDB, dependendo de quem for eleito presidente nacional do partido no
próximo dia 9. E não foi adiante para “não criar confusão”, disse ele.
Mas dá para entender: Rossoni criou muita confusão quando,
em maio passado, foi revelada a constrangedora a escuta do então presidente do
PSDB, senador Aécio Neves, pedindo R$ 2 milhões (“emprestados”) ao dono da JBS,
Joesley Batista.
Fez críticas ao comportamento de Aécio e deu uma do
tradicional “ou ele ou eu”: se Aécio não deixasse o PSDB, ele sairia.
A declaração deixou Aécio irritado, que ligou para Beto
Richa e exigiu retratação. E tudo ficou por isso mesmo.
Aécio se licenciou da presidência tucana e só manteve o
exercício do próprio mandato de senador graças à generosidade do STF, ao mesmo
tempo em que articulava para eleger o governador de Goiás, Marconi Perillo seu
sucessor no comando da sigla. Seu opositor seria o senador Tasso Jereissati,
mas forças internas (incluindo o ex-presidente FHC) não querem esta disputa e
indicam o governador paulista Geraldo Alckmin para ser eleito por aclamação.
De resto, o “ao vivo” de Rossoni deste domingo foi para
falar mal do PT, a quem responsabiliza por toda a desgraça que o país vive
hoje, e também para lembrar que seu “te-te-tê” dominical é importante para
manter contatos com os amigos – apesar da implicância de um certo “blog da
capital” que critica seus pijamas e seus erros de português.
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