O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, rebateu
as informações divulgadas na imprensa sobre suposto recebimento de recursos
ilícitos da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do
Rio de Janeiro (Fetranspor). Em nota, Pezão disse hoje (21) registrar com
veemência a sua indignação e enfatizou que as informações são mentirosas.
“Jamais estive com o delator Edimar Moreira Dantas, de cuja
existência não tenho conhecimento, assim como nunca enviei qualquer emissário
para qualquer tipo de negociação ou operação com esse citado senhor ou com
aquela Federação”, afirmou.
As notícias publicadas na imprensa tratam do depoimento do
funcionário do doleiro Álvaro José Novis, que administrava conta para pagamento
de propinas. O doleiro é apontado como operador do esquema criminoso que
envolve o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Conforme as planilhas
entregues ao Ministério Público Federal, o governador teria recebido R$ 4,8
milhões em cinco parcelas, após ter assumido o governo do estado.
De acordo com o governador, as afirmações atribuídas à
delação carecem de provas e completou que, por serem mentirosos, os fatos
narrados serão impossíveis de comprovação. “As inverídicas afirmações do
delator atendem a interesses de pessoas que, tendo sido comprovadamente
envolvidas em atividades ilegais, pretendem envolver o meu nome nos processos
nos quais estão citadas para garantir que seus julgamentos ocorram em
instâncias superiores”, completou na nota.
Para Pezão, o instrumento legítimo da delação tem sido
utilizado, muitas vezes, para envolvimento de pessoas inocentes em situações
nas quais jamais tiveram participação de fato, como é o caso das acusações que
foram atribuídas a ele. O governador se refere, neste caso, a seu assessor Luiz
Carlos Barreto, que seria a pessoa que recebia os repasses dos pagamentos da
propina, segundo o delator.
“Importante ressaltar que nos períodos citados pelo delator,
o funcionário Luiz Carlos Barroso, citado inveridicamente como operador, estava
em tratamento médico de um câncer na tireoide”, garantiu o governador.
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