O Paraná é o primeiro estado a implantar o dispositivo de
segurança preventivo como forma de garantir a proteção de mulheres em situação
de risco, sob medida protetiva judicial. O botão do pânico foi apresentado,
nesta segunda-feira (27), pelo governador Beto Richa e a secretária de Estado
da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa. Em Cuiritiba, cerca de
3.600 mulheres são atendidas pela Patrulha Maria da Penha, implantada em 2014.
São 15 municípios prioritários elencados pela Coordenação da Política da Mulher
para implantar o dispositivo. A Secretaria da Família e Desenvolvimento Social
repassará às prefeituras o valor do aluguel do equipamento, pelo período de
doze meses. O investimento para esta fase da implantação é de R$ 2,6 milhões.
“O dispositivo será um aliado importante na proteção das mulheres que se
sentirem ameaçadas com a proximidade de seus agressores”, explica a Secretária
da Família, Fernanda Richa.
Também foi apresentada a campanha “Você pode mais”, que aborda direitos,
autoestima e liberdade das mulheres, mostrando que pequenos gestos ou palavras
podem se caracterizar como violência. Os vídeos, com mensagem encorajadora às
mulheres, começaram a ser veiculados sábado, Dia Internacional da Não Violência
contra a Mulher.
Como funciona o botão do pânico
A mulher em situação de risco é inserida no projeto por
decisão judicial. Depois de cadastrada no sistema de monitoramento da Guarda
Municipal, que registrará suas informações pessoais e do agressor, ela recebe o
dispositivo de segurança. O aparelho é pequeno e de fácil manuseio
Ao sentir-se ameaçada com a presença do agressor em qualquer lugar, ela deve
apertar o Botão do Pânico, que acionará imediatamente a Guarda Municipal. Na
hora, ela perceberá uma vibração no dispositivo, confirmando o acionamento. De
imediato, já começa a gravar o áudio local e tanto a central de monitoramento
como o celular embarcado na viatura da
Guarda Municipal disparam alerta e exibem fotos de arquivo da vítima e do
agressor
Na central de monitoramento, os policiais terão acesso à localização, aos dados
da vítima e do agressor, encaminhando as viaturas o mais rápido possível. A
plataforma permite visualizar em tempo real os dispositivos acionados de forma
simultânea, permitindo ação logística.
BP
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